Paulo Menotti del Picchia, poeta, jornalista, romancista, cronista, pintor e ensaísta, nasceu em São Paulo (SP) no dia 20 de março de 1892.
Bacharel em Direito, formado em 1913, nesse ano publicou "Poemas do Vício e da Virtude", seu primeiro livro de poesias. Na cidade de Itapira (SP), foi agricultor e advogado militante; lá criou o jornal político "O Grito" e escreveu os poemas "Moisés" e "Juca Mulato". Colaborou em vários jornais, entre os quais "Correio Paulistano", "Jornal do Comércio" e "Diário da Noite". Foi diretor de "A Noite" e "A Cigarra", entre 1920 e 1940, além de diversos outros jornais e revistas.
Um dos articuladores da Semana de Arte Moderna, em 1922, foi um dos mais combativos militantes da estética modernista. Em 1924 criou, com Cassiano Ricardo e Plínio Salgado, o"Movimento Verdamarelo", de tendência nacionalista.
O poeta morreu em São Paulo (SP), no dia 23 de agosto de 1988. Há, em Itapira (SP), a "Casa de Menotti del Picchia", onde podem ser vistos objetos e livros que pertenciam ao autor.
POEMAS DO VENTO
Gastar-se no tempo
diluir-se no vento
evolar-se no sonho
deixando
- haverá quem o colha? -
um resíduo...
Memória.
Levarei por onde ande
uma inquietação mais nada
impulso vital que extingo
dentro de um pouco de lama.
Tal que o vento que baila
fazendo seu corpo efêmero
com a poeira das estradas...
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